Ao pensar um pouco sobre o caso de Ana Beatriz me veio a mente a empatia pela mãe e pelo pai da criança.
Neste pensamento me veio uma mãe sozinha e esgotada emocionamente, há muitos falando sobre depressão pós parto, porém não vi nada concreto sobre esse diagnóstico.
Já no caso do Pai, que estava longe da família em São Paulo para garantir o pão de cada dia, porém deixando a mãe de seus filhos sem uma rede de apoio.
Daí pensei em Moíses e Arão, agora vamos nos voltar para a bíblia após esta introdução:
Números 20:7-12
Falou o Senhor a Moisés:
Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha, perante os seus olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais.
Moisés tomou o bordão de diante do Senhor, como lhe ordenara.
Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés lhes disse: Ouvi, agora, rebeldes, porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?
Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão; e saíram muitas águas, e bebeu a congregação e os seus animais.
Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhes dei.
Percebam que Moisés e Arão foram desobedientes à ordem que receberam e houveram consequências:
Para Arão
Números 20:24-26
Arão será reunido ao seu povo. Ele não entrará na terra que dou aos filhos de Israel, porque vocês foram rebeldes à minha palavra nas águas de Meribá. Leve Arão e Eleazar, o filho dele, e faça com que subam ao monte Hor. Tire as vestes de Arão e vista Eleazar com elas. Arão será reunido ao seu povo e ali morrerá.
Para Moisés
Deuteronômio 32:51-52
Isto é porque vocês foram infiéis para comigo no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá-Cades, no deserto de Zim; porque vocês não santificaram o meu nome no meio dos filhos de Israel. Por isso, você verá a terra de longe, mas não entrará nela, na terra que dou aos filhos de Israel.”
Refletindo sobre este acontecimento, me vêm a questão dos pais da pequena Ana Beatriz infelizmente terem sucumbido há obrigações que eles julgaram serem mais prioritárias do que os cuidados que a recém nascida mereciam.
A mãe com a necessidade de descanço pelo seu esgotamento psicologico e físico.
O pai com a necessidade de prover.
Infelizmente após o acontecido, não estou tentando buscar argumentos que pudessem fazer com que esta criança não perdesse sua vida, muito menos condenar as atitudes tomadas pelos mesmos, até porque não consigo sentir o que eles setiam e estão sentindo neste momento.
O contraste com a passagem de Moisés e Arão é pelo impulso da ação, onde Moisés sendo precionado pelo povo age de uma forma que não foi a indicada pelo Senhor e Arão não o repreendeu pois tambem fora avisado, assim a criança que fora confiada para os pais por Deus não foi devidamente cuidada, onde à meu ver havendo negligência de ambas as partes.